Tarifas nas alturas alavancam os lucros dos bancos
A maré sempre está para peixe para o setor financeiro. Os bancos ganham de todos os lados. No primeiro trimestre deste ano, BB, Bradesco, Itaú e Santander arrecadaram R$ 27,2 bilhões com a prestação de serviços e cobrança de tarifas.
Somente com essa receita, as empresas cobrem com folga a folha de pagamento e todas as despesas de pessoal. É evidente que a crise econômica que abala diversos setores da economia não afeta os bancos no Brasil. Tanto que o lucro líquido chegou a R$ R$ 20,85 bilhões em apenas três meses.
Mesmo com balanço excepcional, as organizações financeiras fecham agências. O Itaú fechou 60 unidades físicas. Já o Bradesco, encerrou a atividade de 114 e o BB de 31. O Santander foi o único que aumentou o número de agências, 28.
Outro segmento que rende muito é a carteira de crédito. A soma dos quatro bancos foi de R$ 2,3 trilhões (+6,9%). Empréstimo consignado/crédito pessoal, financiamento imobiliário e cartão de crédito foram os que mais renderam dinheiro às empresas na área de pessoas físicas.
Os bancos priorizam o atendimento digital e deixam de lado funcionários e clientes. Investem pesado nas chamadas agências digitais, agências-café, aplicativos para smartphones, inteligência artificial e esquecem da segurança e das condições de trabalho.