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SEEB Juazeiro

Covid-19: países deixam trabalhadores desprotegidos


A pandemia de Covid-19 causou estragos em todo o mundo. Mas, algumas nações souberam lidar melhor com a crise sanitária. Outras, nem tanto. Muitos países têm deixado os trabalhadores desprotegidos por não reconhecerem o coronavírus como doença profissional.

Levantamento feito por entidades sindicais internacionais estima que, até abril, 3 milhões de pessoas morreram em consequência da Covid-19. “E 2020 foi o ano mais perigoso para muitos setores econômicos, especialmente os da saúde”, afirmam a UNI Global Union e a CSI (Confederação Sindical Internacional).

De acordo com o estudo, a pandemia atingiu de maneira desproporcional “mulheres, negros, migrantes, trabalhadores precários e outros vulneráveis”. Muitos estão na linha de frente de combate à Covid-19, “sub valorizados e mal remunerados”.

Os sindicalistas alertam que já é difícil comprovar a relação entre lesão e trabalho, a questão é ainda mais complicada no caso de uma doença que circula na comunidade. Em muitos casos, fica a cargo do funcionário demonstrar a evidência médica que relacione a doença diretamente com o lugar de trabalho.

O relatório aponta o Brasil como país que dá pouca atenção ao problema, apesar de o STF (Supremo Tribunal Federal) reconhecer o coronavírus como acidente de trabalho. “Em uma situação mais perigosa, o governo do Brasil reconheceu a Covid-19 como enfermidade profissional, mas os trabalhadores informaram que é impossível ter acesso a qualquer tipo de benefício por parte do Estado”. Em um país governado por Bolsonaro, infelizmente não é comum o trabalhador ter o direito privado.

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