Armação do consignado mantém risco de assédio na Caixa
O governo empurra os empregados da Caixa e a população carente do país para uma grande armadilha. A possibilidade de realizar empréstimos consignados a partir de recursos que serão pagos às famílias por meio do Auxílio Brasil e às pequenas e microempresas pelo Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), somada ao aumento do percentual de comprometimento da renda para até 40%, pode ampliar o endividamento dos brasileiros, o assédio moral e a sobrecarga de trabalho dos trabalhadores do banco.
A medida é no mínimo controversa. Para a população, o valor de R$ 600,00 do Auxílio Brasil não será suficiente para adquirir uma cesta básica, devido ao aumento dos preços no Brasil. Já os empregados podem se ver obrigados a cumprir metas de empréstimos consignados com lastro no benefício.
Apesar de o banco dizer que a possibilidade de empréstimos consignados não vai gerar aumento das exigências por metas, na prática, já está havendo a cobrança, pelo comunicado emitido com a recomendação de que se evite a oferta de produtos que agravam a situação de endividamento e baixa renda dos clientes. Entretanto lançou uma ação duplicando as metas e com premiação para quem aumentar a venda de produtos para pagamento em parcelas.
Na próxima reunião da campanha salarial dos bancários, nesta quarta-feira (20/07), a CEE (Comissão Executiva de Empregados) vai cobrar da direção da Caixa o compromisso assumido de que não serão tolerados mais casos de assédio no banco. Com a atual conjuntura, ao invés de criar políticas de geração de emprego, aumento da renda, redução da inflação, o governo propõe medidas que irão gerar ainda mais endividamento para as famílias brasileiras. Fonte: Bancários Bahia
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