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Bancários Juazeiro

Sindicato dos Bancários de Juazeiro e Região presente na 21ª Conferência Interestadual dos Bancários



O Sindicato dos Bancários de Juazeiro e Região participou no dia 1ª de junho da 21ª Conferência Interestadual dos Bancários da Bahia e Sergipe e do 13º Congresso do Sindicato dos Bancários da Bahia, no Hotel Portobello, em Ondina, Salvador, para debater a conjuntura, previdência e assuntos específicos de interesse da categoria, como campanha nacional, emprego e situação dos bancos públicos. Foi apresentado também o resultado parcial da consulta feita com a categoria.

Na exposição sobre campanha e emprego, o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, ressaltou a importância de manter a mobilização, mesmo com a Convenção Coletiva de Trabalho válida até o próximo ano. “A partir do momento que a CCT garante o reajuste salarial, decidimos lutar na campanha por outras questões, como emprego, bancos públicos, melhores condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades, por exemplo.”

A luta se justifica pela redução do número de número de bancários nos últimos anos, passando de 732 mil para 468 mil trabalhadores, entre 1990 e 2017. Diante dos números, da ofensiva do governo e do sistema financeiro, o presidente da Feebbase convoca a categoria a acumular forças para enfrentar todos estes desafios. “É um clima de incerteza e insegurança também em relação às nossas conquistas, direitos e empregos. Por isso, precisamos nos mobilizar, conversar com todos os colegas, explicar o que está acontecendo e mostrar a importância da luta constante no setor”, concluiu.

Bancos públicos Em seguida, o secretário geral da Federação, Emanoel Souza, falou sobre os prejuízos que o Brasil teria com a privatização dos bancos públicos. Lembrou que na crise de 2008, as empresas tiveram fundamentais iniciativas, como a redução do spread bancário e isso permitiu irrigar o mercado com o crédito e fez com que a economia girasse.

Para ele, os bancos públicos têm responsabilidade social, aplicam políticas públicas e são necessários por terem um papel de desenvolvimento. Por isso, a defesa das instituições é imprescindível. “Privatizá-los seria abrir mão de um projeto de soberania como nação”, alerta.

Emanoel destaca o que precisa ser feito para ampliar a mobilização contra a privatização dos bancos públicos. “Para ir além, temos de criar no bancário uma sensação de pertencimento, sobretudo, os mais jovens. Também necessitamos de uma frente ampla com envolvimento de diversos atores da sociedade”.


Impactos da tecnologia Coube ao presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos, falar sobre os impactos da tecnologia na categoria bancária. Ele começou sua exposição lembrando da intensificação do uso das máquinas para a realização das transações bancárias nos últimos anos.

Augusto Vasconcelos explicou que a 4ª Revolução Industrial tem ligação direta com a robótica, a inteligência artificial e o domínio da coisa se comunicando com outra coisa, a exemplo da BIA, a assistente artificial do Bradesco.

“É importante notar e instrumentalizar a opinião dos trabalhadores sobre o tema. Não podemos cair no fetichismo da tecnologia. As formas de organização do trabalho estão passando por uma profunda transformação. Houve a intensificação do processo de exploração. Uma espécie de uberização do mundo do trabalho”, afirmou.


Bancários não aprovam a reforma da Previdência A imensa maioria dos bancários (88%) da base do Sindicato da Bahia é contra a reforma da Previdência. É o que mostra pesquisa feita pela entidade e apresentada pelo economista Vinícius Lins, durante palestra feita aos participantes da Conferência e do Congresso no dia 1ª de junho.

O entendimento é que a proposta prejudica o trabalhador, dificultando o acesso à aposentadoria. Verdade. O projeto do governo Bolsonaro eleva a idade mínima para 65 anos - homens - e 62 anos - mulheres. Para receber o benefício integral, o cidadão terá de contribuir por 40 anos.

Entre os bancários que responderam à consulta, 90,6% são contra essas mudanças. Para 72,3%, uma parcela mínima dos trabalhadores vai conseguir se aposentar com 100% do benefício e 72,6% acreditam que a população mais pobre e as mulheres serão as mais prejudicadas, caso a reforma seja aprovada nos moldes apresentados pelo governo.

A maioria (94,6%) não concorda com a redução dos valores dos benefícios para os idosos mais pobres, assim como 96,4% acreditam que a reforma vai aumentar a desigualdade no Brasil. Os bancários também opinaram sobre a capitalização e 81,1% rejeitam. Por fim, 88% entendem que será pior para os mais pobres. O modelo reduz ainda mais o valor da aposentadoria, o que vai levar milhões de brasileiros à pobreza. Apenas os bancos serão beneficiados.

Categoria aprova o plano de lutas para 2019

O Plano de Lutas dos bancários da Bahia foi aprovado para o ano de 2019. A unanimidade e o espirito de unidade da categoria está alinhada às pautas de lutas do Sindicato no enfrentamento ao governo ultraliberal de Jair Bolsonaro.


Os itens definidos são:

- Resistir ao governo Bolsonaro e sua agenda ultraliberal, conservadora e antidemocrática;

- Construir uma Frente ampla que lute em defesa do Estado, da democracia e dos direitos;

- Em defesa da educação Pública gratuita, laica e de qualidade;

- Defender os bancos públicos para um projeto de soberania;

- Lutar pelo emprego e pelas conquistas da CCT;

- Não à reforma da Previdência. Por uma Previdência pública que garanta aposentadoria, assistência social e o Sistema Único de Saúde;

- Reforçar a campanha ANFIP e FENAFISCO por uma reforma Tributária Solidária que reduza a cobrança sobre a classe trabalhadora e aumente a tributação sobre os mais ricos;

- Participar da Campanha Lula Livre;

- Combater toda forma de discriminação religiosa e/ou preconceito de raça, de gênero e de orientação sexual;

- Contra a precarização da atividade bancária, seja na jornada ou no funcionamento aos finais de semana;

- Estimular candidaturas no campo democrático-popular no processo eletivo;

- Combater o desemprego tecnológico.


As pautas serão o foco do Sindicato e de todos os bancários pelos próximos meses. O plano de luta é essencial para unificar a categoria.

Com textos do Sindicato dos Bancários da Bahia.

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