Sem investimento, crescem ataques a bancos

O setor bancário é o mais lucrativo da economia nacional. As cinco maiores empresas da área lucraram mais de R$ 75 bilhões no ano passado, mesmo com a recessão econômica. O dinheiro, no entanto, não é utilizado para melhorias no serviço prestado, nem na proteção de funcionários e clientes.
Não é a toa que os ataques contra as unidades cresceram em 2018. No período, foram 3.388 ocorrências em todo o país, elevação de 3% na comparação com 2017. Na Bahia, foram 52 casos. O estado com maior número de registros é o Rio de Janeiro, 1.044 em 12 meses.
Arrombamentos e explosões lidera o ranking, com 1.579. A Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), mostra aumento das vítimas fatais, de 31 para 38 no período. Tragédias que poderiam ser evitadas se houve responsabilidade por parte dos bancos.
O levantamento revela ainda crescimento de ataques contra correspondentes, correios e lotéricas, de 515 em 2017 para 577 no ano passado, variação de 12%. Os dados serão apresentados à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), na mesa permanente sobre Segurança Bancária, nesta terça-feira (23/04), à tarde.