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Redução do PIS/Pasep atinge os mais pobres


Entre tantos absurdos da reforma da Previdência, um dos que têm mais provocado revolta nos segmentos populares é a redução do abono do PIS/Pasep. Hoje o benefício é pago a quem ganha até dois salários mínimos, mas o governo Bolsonaro quer reduzir para só quem recebe até um mínimo por mês.

A medida, se aprovada, vai prejudicar diretamente mais de 21 milhões de brasileiros, justamente os que mais necessitam da ajuda governamental porque ganham pouco, e vai retirar de circulação da economia nacional mais de R$ 27,7 bilhões. Para os mais pobres, um verdadeiro desastre. Afinal, o PIS/Pasep tem sido um antigo e eficiente programa voltado para a redução das desigualdades sociais.

Outra restrição contida na reforma da Previdência que causa grande apreensão na população mais carente afeta drasticamente o Benefício de Prestação Continuada. O BPC paga um salário mínimo (R$ 998,00) a idosos sem condições de se manter e sem família para mantê-los. O projeto amplia a idade de 65 para 70 anos e reduz o valor para somente R$ 400,00 mensais. Terrível.

Isso sem falar em diversas outras mudanças nas regras previdenciárias que extinguem arbitrariamente direitos históricos dos trabalhadores urbanos e rurais. A reforma da Previdência deve provocar a primeira grande mobilização popular contra o governo Bolsonaro.

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