Brasil perde bilhões sem tributar acionistas de bancos
Enquanto que para o trabalhador brasileiro, que ganha pouco, a carga tributária é pesada, para o alto escalão tudo é mais tranquilo. Itaú, Bradesco e Santander distribuíram R$ 36,8 bilhões aos acionistas relativos ao ano passado nas formas de dividendos, juros sobre o capital próprio (JCP) e recompra de ações, que não são tributados do Imposto de Renda.
O valor equivale a 61,7% do lucro líquido ajustado dos três bancos que, em 2018, somou R$ 59,695 bilhões. Foram distribuídos cerca de R$ 17 bilhões em dividendos para os acionistas.
Se o governo aplicasse a mesma alíquota à distribuição de lucros pelas empresas à cobrada dos trabalhadores com salários superiores a R$ 4.664,68, só com os bancos, a arrecadação superaria os R$ 4,6 bilhões. Os números provam que só a base da pirâmide é prejudicada.