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Censura do novo governo atinge os livros didáticos


O governo Bolsonaro quer acabar com o direito de professores e estudantes tratarem em sala de aula sobre violência, discriminação, preconceito, gênero, sexualidade, diversidade religiosa. A partir de 2020, os livros didáticos destinados aos alunos do 6º ao 9º ano (antigo ensino fundamental) não poderão mais ter referência à violência contra a mulher, promoção da cultura quilombola, indígena e dos ouros povos tradicionais.

Também proibiu que trate sobre saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, educação financeira e fiscal, ciência e tecnologia. Além disso, as ilustrações não podem mais retratar "a diversidade étnica da população brasileira, a pluralidade social e cultural do país". Em contrapartida, está liberada a publicidade de produtos e empresas. Um retrocesso em precedentes para a educação brasileira.

O edital com as novas regras para os livros didáticos está de acordo com as demandas do Escola Sem Partido, que tem forte conotação fundamentalista. O documento deixa claro que o governo está única e exclusivamente a serviço das elites ultraconservadoras.

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