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Grande capital aumenta ofensiva contra estatais
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Se depender do grande capital privado, no Brasil, não sobra nada. Os recados estão sendo dados e, de novo, vem do lado de Henrique Meirelles (MDB), porta voz dos Estados Unidos. O coordenador do programa econômico do pré-candidato, José Márcio Camargo, disse em entrevista nesta semana à agência de notícias Reuters que o país tem de privatizar estatais importantes, como Caixa, BB e Petrobras.
A venda acaba com o patrimônio nacional e qualquer possibilidade de o Brasil retomar o desenvolvimento. Mesmo assim, Camargo não vê problemas. Pior acha normal concentrar ainda mais sistema financeiro e deixá-lo à mercê dos bancos privados. “Na hora em que privatiza os bancos públicos, simplesmente muda a forma de funcionamento do mercado de crédito”, disse. Ele está certo. Só não diz que vai mudar para pior. Muito pior.
Não é de interesse das empresas privadas investir na área social, em educação, saúde ou reduzir os juros cobrados ao consumidor. E a história mostra. Além de nunca terem investido no crescimento do Brasil, os bancos privados deixaram claro a insatisfação com o governo Lula quando, no auge da crise internacional de 2008, os bancos públicos reduziram o crédito, para aquecer o mercado interno, fazendo os privados seguirem o mesmo caminho.
Mas, para a direita, só interessa a agenda neoliberal. José Márcio Camargo diz ainda na entrevista que cerca de 60% do crédito no Brasil está nas mãos de BB, Caixa e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que para ele precisa ter ser reduzido. Se realmente essa ideia sair do papel a sociedade brasileira tem muito a perder.