Municípios não ligam para recolhimento de lixo
O vasto território nacional, composto por mais de 5.560 municípios, não tem atualmente um plano integrado ideal para o manejo do lixo ou resíduos sólidos de qualquer sorte, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ao que parece, as prefeituras, responsáveis pela política de recolhimento, não estão muito preocupadas e os dados mostram.
As cidades da Bahia estão em segundo lugar no ranking, com o menor números de planos de resíduos sólidos, com um índice de 22,1%. Em primeiro está o Mato Grosso do Sul com 86,1% e, em último, o Piauí, com 17,4%.
Os municípios brasileiros têm de seguir alguns requesitos para terem verba da União e investir em políticas de recolhimento. São 19 itens no total, que incluem metas de redução da quantidade de rejeitos por meio da reciclagem e reutilização de materiais, além de regras para transporte.
Mas, o número de habitantes é o principal fator para que a verba chegue, segundo o IBGE. Municípios com população superior à 500 mil habitantes apresentam taxa de 83,3% de gerenciamento no manejo do lixo, ou seja, não há razão para que uma cidade como Salvador, com 2,94 milhões de habitantes integre o baixo índice da Bahia neste plano.
Uma cidade populosa precisa urgentemente de atenção neste quesito, principalmente pelos fatores ambientais que o lixo mal administrado pode causar, como alagamentos, deslizamentos, enxurradas, processos erosivos acelerados, e até mesmo seca. A população mais carente sempre acaba sendo a mais penalizada pela negligência.