Tecnologia: banco se aproveita para tirar vantagem
Nos bancos, o paradigma entre os benefícios e os malefícios da tecnologia é separado por uma linha muito tênue. Existe uma margem de enxugamento nos custos dos bancos devido à criação de agências virtuais e as infinitas possibilidades de transações que podem ser feitas pelos aplicativos.
Mas, os bancos não só cortam gastos como também usam a tecnologia para captar uma enorme gama de clientes, graças ao truncamento de dados online infindáveis. Ou seja, corta gastos e aumenta lucratividade, mas nunca geram uma contrapartida para os clientes.
Os aplicativos trouxeram comodidade, mas não diminuiu as taxas estratosféricas de juros ainda cobradas pelas empresas. As organizações financeiras atuantes no Brasil têm os maiores juros de cheque especial e cartão de crédito do mundo, 322,98% e 334%, respectivamente.
Os dados são da Associação Nacional dos Executivos de Finanças. Ou seja, nada parece mortificar as taxas. Mesmo diminuindo custo de locação de imóveis, de segurança, papéis, arquivos, luz, impressão e, principalmente, mão de obra, os bancos se mantêm irredutíveis.
De 2012 para cá, o índice de municípios sem agências bancárias passou de 34% para 40%. Em miúdos, a tecnologia pode ser a grande responsável pela perda de mais de 2.600 postos de trabalho só nos cinco primeiros de 2018, dados do Caged.