Mobilização barrou a retirada de direitos da categoria em 2022
O último ano do governo Bolsonaro não foi fácil para os trabalhadores. Na Congresso Nacional, a base de apoio do governo tentou aprovar pelo menos dois projetos de lei que atingiriam em cheio os direitos dos bancários.
Em maio, o Projeto de Lei 1043/2019, que permite a abertura das agências aos sábados e domingos, voltou a ser discutido na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. A proposta chegou a receber parecer favorável do relator, mas foi retirado da pauta após articulação dos bancários com parlamentares comprometidos com os interesses dos trabalhadores.
Os bancários tiveram que ampliar a mobilização também em dezembro, quando os deputados da Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) insistiram em votar o PL 817/2022, que ameaça o direito de greve da categoria bancária, ao alterar a Lei 7.783 de 1989 (Lei da Greve) e definir os meios eletrônicos de pagamentos e transferências bancárias como serviço essencial. Mais uma vez, o movimento sindical contou com a ajuda de alguns parlamentares do campo progressista para ajudar nas negociações e retirar a proposta da pauta.
Apesar das vitórias, as duas propostas ainda seguem em tramitação na Câmara e podem ser retomadas na próxima legislatura. A mobilização da categoria será de extrema importância para que sejam arquivadas definitivamente ou derrotadas na votação.
FEEB BA
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