Mercado erra e Brasil vai além das expectativas em 2023
No desafiador cenário econômico de 2023, o Brasil surpreendeu os analistas financeiros ao superar as projeções iniciais de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), alcançando 3%. Diferentemente de uma entidade única e pensante, o "mercado" é uma amalgama de agentes econômicos, onde grandes grupos, oligopólios e instituições financeiras moldam as perspectivas divulgadas.
As projeções, muitas vezes influenciadas por um viés ideológico, são fundamentadas em pesquisas como a Focus, conduzida pelo Banco Central, envolvendo 160 dirigentes de bancos e instituições financeiras.O ano de 2023 destacou-se por projeções equivocadas, originadas em parte pelo viés político intrínseco nas análises. A expectativa inicial de um modesto crescimento de 0,8% baseava-se na continuidade das políticas de austeridade de Paulo Guedes.
A prática recorrente de criar alardes e projeções pessimistas para a população é uma tática sutil, mas eficaz, adotada por setores do mercado. A ideia é semear a incerteza e minar a confiança pública no governo, muitas vezes por meio de manchetes alarmantes e projeções catastróficas.
Em 2023, essa estratégia foi evidente. O mercado, em sintonia com interesses empresariais, reagiu de forma a desestabilizar a confiança da população. As projeções inicialmente pessimistas, acabaram por ser desmentidas pela melhora também nos principais setores econômicos do país.
Além disto, é preciso destacar a limitação da previsão econômica diante da imprevisibilidade política. A economia, sendo uma ciência social, escapa à precisão das ciências exatas. As projeções, muitas vezes uma repetição do passado, enfrentam o imponderável do futuro.
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