Itaú tem lucro de R$ 13 bilhões em seis meses

Sem a menor surpresa, o Itaú alcançou o lucro líquido recorrente surpreendente de R$ 12,94 bilhões nos primeiros seis meses de 2021. Somente no segundo trimestre lucrou R$ 6,54 bilhões, crescimento de 55,6% em relação ao mesmo período do ano passado. A lucratividade exorbitante é resultado do suor dos funcionários, que sofrem ameaças de demissão e são assediados em plena pandemia, e de ganhos com empréstimos e com receitas de serviços e tarifas cobradas aos clientes.
O maior banco privado do país conseguiu R$ 909,1 bilhões na carteira de crédito total nos últimos três meses. Houve avanço de 12,0% em um ano. A alta dos empréstimos às pessoas físicas foi de 22,3%. Já as receitas de serviços e seguros aumentaram 14,4% na comparação com o segundo trimestre de 2020 e atingiu R$ 11,3 bilhões.
Em meio a tanto lucro, o Itaú demitiu mais de 800 empregados no ano passado. Nada justifica, já que recebeu ajuda do governo Bolsonaro. Apenas em ativos totais a empresa encerrou junho com R$ $ 2,065 trilhões e R$ 136 bilhões de patrimônio líquido. No segundo trimestre, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) chegou a 18,9% contra 18,5% no primeiro.
Enquanto os trabalhadores são afetados por processos de reestruturação através de demissões, fechamento de agências e alteração nas funções, o maior banco privado do país obteve lucro líquido contábil de R$ 7,560 bilhões entre abril e junho deste ano. O Itaú alcançou um salto de 120,8% em um ano e de 39,6% no comparativo trimestral. Para os banqueiros só os cofres abarrotados de dinheiro que importa.
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