Famílias mais pobres penam com inflação maior
Em maio, as famílias com rendimento domiciliar de até R$ 1.650,50 enfrentaram uma inflação de 0,92%. Já nos lares com renda entre R$ 8.254,83 e R$ 16.509,66, a inflação foi de 0,44%. No Brasil do governo Bolsonaro, a injustiça social impera e as famílias mais pobres sofrem.
Como se não bastasse a discrepância entre o peso da inflação conforme a renda familiar, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostrou que o aumento dos preços atinge todas as classes de renda pesquisadas. Porém, as famílias mais pobres sentiram mais no bolso porque a alta se concentrou, principalmente em produtos e serviços básicos.
A energia elétrica, por exemplo, subiu 5,4% em decorrência da implementação da Bandeira Vermelha- Patamar 2. O aumento da água e esgoto foi de 1,6% no mês passado e o valor do botijão de gás chegou a 1,2%. No caso da área de transportes, a gasolina e etanol tiveram alta de 2,9% e 12,9%, respectivamente.
Outro fator que prejudicou em cheio as famílias mais pobres em maio foi os aumentos na área de saúde. A população mais carente foi impactada com o crescimento de 1,3% nos medicamentos. Em contrapartida, os mais ricos sofreram com reajustes nos planos de saúde na ordem de 0,67%. Não faz o menor sentido quem tem menos ser mais atingido pela inflação. Brasil desigual.
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