Consulta Nacional aponta prioridades dos bancários para o próximo período
Os trabalhos do último dia da 25ª Conferência Nacional dos Bancários, domingo 6, foram abertos com a apresentação dos dados obtidos na Consulta Nacional, realizada entre os dias 7 de julho e 2 de agosto, que identificou suas prioridades para o próximo período.
A Consulta Nacional também identificou a percepção dos trabalhadores do ramo financeiro sobre temas de interesse nacional como a Reforma Tributária; taxa básica de juros; equiparidade salarial entre homens e mulheres; e regulamentação da internet.
A Consulta Nacional apontou a necessidade de buscarmos medidas que combatam o adoecimento da categoria e as metas abusivas. Além disso, mostrou o alinhamento da categoria com as lutas por um país mais justo e com oportunidades para todos. Os trabalhadores reconhecem a importância da atuação do movimento sindical bancário em temas como a reforma tributária; equiparação salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função; queda da taxa básica de juros; e regulamentação da internet com a finalidade de combater a propagação de mentiras e os discursos de ódio.
Metas
Os participantes da Consulta Nacional elencaram como as quatro maiores consequências da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas: preocupação constante com o trabalho (68%); cansaço e fadiga constantes (61%); desmotivação, vontade de não ir trabalhar (52%); e crises de ansiedade/pânico (46%). 41,9% dos trabalhadores afirmaram ter feito uso de medicamentos controlados nos últimos 12 meses.
Sobre as medidas prioritárias para criar um ambiente de trabalho mais saudável, ético, cooperativo e respeitoso, foram elencadas como as três principais: definição das metas, levando em consideração o porte da unidade, a região, o número de empregados, a carteira de clientes, o perfil econômico, etc; em períodos de redução do quadro de trabalhadores na unidade (férias, afastamentos, licenças), as metas devem ser proporcionalmente readequadas; e maior participação dos bancários na definição das metas e mecanismos de aferição.
Covid-19
Sobre a pandemia de Covid-19, a maior parte dos participantes da Consulta afirmaram ter ficado com sequelas após contraírem a doença (46%); 30% disseram ter contraído a doença, mas não tiveram sequelas; e a menor parte, 24%, não contraíram a doença.
As três principais sequelas da Covid-19 relatadas pelos trabalhadores foram perda de memória; cansaço; e falta de atenção.
Financiamento da luta 93,7% dos trabalhadores que responderam a Consulta Nacional disseram que o financiamento da luta para manutenção e conquistas de direitos deve ser uma responsabilidade de todos os bancários, e não só dos sócios dos sindicatos, já que todos se beneficiam das conquistas. Reforma Tributária Sobre a Reforma Tributária, que está em discussão no Congresso, os trabalhadores reconheceram a importância de medidas que tornem o sistema mais justo como, por exemplo, a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda cobrado sobre a PLR; isenção do imposto de renda para quem recebe salário de até R$ 5 mil; e cobrança de imposto sobre grandes fortunas.
Taxa de Juros
Sobre a taxa básica de juros (Selic), que na última semana teve uma redução de 0,5 ponto percentual e ficou em 13,25%, ainda assim a maior taxa de juros reais do mundo, 86% dos participantes disseram ser favoráveis à sua redução.
Ainda sobre o tema, 50% dos trabalhadores afirmaram que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, deve ser substituído; 23% disseram que ele deve permanecer no cargo até o encerramento do seu mandato, em dezembro de 2024; e 27% não souberam responder.
Equiparação salarial entre homens e mulheres Sobre o PL 1085/23, de iniciativa do governo Lula, aprovado em maio no Congresso Nacional, que garante o pagamento de salários iguais para homens e mulheres que exercem a mesma função, 93% dos participantes da Consulta reconheceram a importância da medida (75% muito importante; 18% importante). Regulamentação da internet 75,1% dos trabalhadores disseram-se favoráveis à regulamentação da internet, com a finalidade de combater a propagação de mentiras e a incitação do ódio. E 91% disseram acreditar que uma ação que é crime na vida real também deve ser penalizada se for cometida nos meios digitais.
Contraf
Comments