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Cassi e Banco do Brasil terceirizam atendimento à saúde mental



A parceria entre o Banco do Brasil, Cassi e a Vittude, desenvolvedora de ferramentas de inteligência artificial e atendimento psicológico on-line, preocupa as entidades sindicais e de defesa das trabalhadoras e trabalhadores do BB. “Sempre defendemos a ampliação da oferta de atendimento psicológico na Cassi, mas essa decisão de terceirizar o atendimento, de modo on-line e, ainda, sem dialogar com o movimento sindical, nos deixou em alerta”, pontuou João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).

“A parceria sequer foi apresentada ou discutida com as equipes técnicas da Cassi, o que representa risco para a evolução do modelo baseado na Atenção Integral. Foi uma iniciativa do Banco do Brasil que, depois, envolveu a Cassi. Os dirigentes da Cassi acabaram se submetendo, mais uma vez, às decisões do BB, aceitando a contratação sem uma discussão ampla com os próprios associados”, observou Fernanda Carisio, ex-presidenta do conselho deliberativo da Cassi.

As entidades alertam que uma contratação feita por debaixo dos panos coloca em risco informações pessoais de trabalhadoras e trabalhadores, principalmente da ativa.

Programa Saúde Mental

O Programa Saúde Mental (PSM) da Cassi tem mais de 20 anos e está evoluindo para trabalhar com Linhas de Cuidado, organizadas para atender aos problemas mais prevalentes entre os funcionários. Por isso, as entidades questionam o porquê de não investir em um programa maduro e consistente.

Estudo recente do Dieese, abordado no texto “Suicídios na categoria reforçam necessidade de medidas protetivas”, revelou que, entre 2012 e 2017, os bancos foram responsáveis por 15% dos afastamentos por causas mentais entre todos os setores de atividade econômica. Quando se trata de depressão, a proporção é de 16%. O levantamento apontou ainda que, de 2009 a 2013, houve elevação de 70,5% dos casos de Transtorno Metal entre os bancários, contra 19,4% nas demais categorias.

Atualmente, no Plano Associados da Cassi, existe a cobrança de coparticipação equivalente a 40% no valor das consultas. “Nas mesas de negociação temos pedido, reiteradamente, que o banco arque integralmente com os custos dos atendimentos psicológicos em caso de adoecimento mental decorrente do trabalho”, destacou Fukunaga. “É curioso que o banco que oferece, agora, atendimento psicológico gratuito, on-line, por uma terceirizada, é o mesmo que prejudica a saúde dos trabalhadores impondo metas diárias, mesmo diante da pandemia, em uma situação na qual várias agências estão desfalcadas”, observou.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

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