- SEEB Juazeiro
Bolsonaro, militares e o 'Reichstag brasileiro'
Ao fracassarem na molecagem infame contra o sistema eleitoral, parece que Bolsonaro e as cúpulas partidarizadas das Forças Armadas [convertidas em verdadeiras milícias fardadas que sugam R$ 110 bilhões/ano do orçamento público] passaram a aumentar a aposta na violência e no terrorismo político.
Segundo noticiado, órgãos de inteligência suspeitam que grupos extremistas vinculados a Bolsonaro e aos militares planejam executar ataques terroristas para atribuírem falsamente a responsabilidades das ações criminosas à esquerda.
Seria algo similar ao atentado terrorista ao Riocentro, planejado pelo SNI [Serviço Nacional de Informações da ditadura militar] e desastrosamente executado por oficiais do Exército em 30 de abril de 1981 com objetivo de responsabilizar a esquerda e, desse modo, justificar o endurecimento da ditadura e retardar a transição controlada – mesmo que uma transição super lenta, gradual e muuiiito segura para eles, militares, que ficaram impunes em relação aos crimes de terror de Estado que cometeram.
É disso, portanto, que se trata hoje. Nas regras da democracia, os generais que milicianizaram as Forças Armadas jamais conseguirão o milagre de fazer com que o candidato deles – o Jair Messias – consiga vencer Lula.
É só fora da democracia – com golpes, rupturas, pistolagem, terrorismo, gangsterismo político e virada de mesa – que eles podem almejar algum sucesso na ambição desmedida de se manterem no poder para preservarem suas mamatas, privilégios e impunidades.
No desespero, Bolsonaro e militares planejam “seu próprio Reichstag” para incendiar o país na ilusão de conseguirem, com isso, se manter no poder.
Diante, porém, do isolamento crescente do Bolsonaro e da crise de legitimidade do governo militar, esta pretensão cada vez mais se confunde com um desejo delirante, que será derrotada pela resistência e mobilização social desatada pela campanha Lula/Alckmin e setores políticos do país que, mesmo conservadores, preservam compromissos com a democracia.
Fonte: Blog do Miro
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