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SEEB Juazeiro

Bancários prejudicados com reforma tributária



Os bancários podem ser prejudicados com o aumento no valor pago de Imposto de Renda Pessoa Física, apesar dos descontos menores mensais na fonte previstos na reforma tributária do governo Bolsonaro. O peso pode ser maior para quase 45% da categoria que recebe salário bruto de até R$ 6.120,00, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais de 2019.

Para compensar a perda de arrecadação, decorrente do aumento da faixa isenta sugerida na proposta, o governo limitou a rendas de até R$ 40 mil por ano a possibilidade de desconto simplificado na Declaração de Ajuste Anual para contribuintes. A medida prejudica cerca de 2 milhões de contribuintes. Hoje, qualquer pessoa pode realizar a declaração simplificada, descontando 20% da renda tributável, limitado a R$ 16.754,34.

Pela proposta do governo, o prejuízo será maior para jovens sem filhos e sem outras despesas legais além do INSS a declarar. No caso de uma eventual declaração completa, o contribuinte deve pagar mais imposto com as mudanças impostas pela reforma tributária do que com o modelo atual. Na contramão, os mais ricos serão favorecidos, pois já utilizam a versão completa do Ajuste Anual e, geralmente, possuem mais despesas dedutíveis, como de saúde e previdência privada.

Pobres pagam a conta O interesse do projeto do governo Bolsonaro realmente não é beneficiar os mais pobres. Ainda mais que o projeto não altera um dos principais problemas do sistema tributário brasileiro. Não enfrenta o elevado peso dos impostos indiretos, cobrados sobre bens e serviços, e sua regressividade.

Independentemente da renda e do patrimônio, os tributos indiretos afetam toda a população, mas penalizam mais a população de baixa renda. Representam mais de 51% da carga tributária bruta total, conforme estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

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