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Bolsonaro faz vista grossa para trabalho escravo e infantil


Proteger a população, nem de longe, é uma prioridade para Bolsonaro. Muito pelo contrário. O presidente corre para colocar as mãos na tesoura. Tanto é que o orçamento para fiscalizações trabalhistas e operações de combate ao trabalho escravo caiu pela metade.

De 2013 a 2018, a verba era, em média, de R$ 55,6 milhões por ano. Já em 2019, os recursos somaram apenas R$ 29,3 milhões. Para 2021, de acordo com a previsão do Orçamento enviado pelo governo ao Congresso Nacional, o valor é ainda menor. Somente R$ 24,1 milhões.

Segundo dados do Radar da SIT (Subsecretaria de Inspeção do Trabalho) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, no ano passado, 1.054 pessoas foram resgatadas de situações de trabalho análogas à escravidão. Também em 2019, foram registradas 1.213 denúncias, contra 1.127 em 2018.

A redução do investimento para fiscalizações segue a tendência de cortar os cursos com questões trabalhistas no Brasil, que ficou ainda mais evidente a partir da reforma trabalhista, aprovada no governo de Michel Temer. Bolsonaro deu continuidade à agenda de ataques aos trabalhadores. A lista de medidas é extensa.

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