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Governo tira R$ 14 bi da economia ao frear mínimo

O governo Bolsonaro afirmou que vai corrigir a defasagem do salário mínimo reajustado abaixo da inflação. A medida, no entanto, está muito distante de contemplar política de valorização, responsável por reduzir as desigualdades sociais do Brasil.
Este ano, o reajuste de R$ 1.039,00 considera uma inflação abaixo da registrada em 2019, quando o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) fechou em 4,48%.
Ainda que o governo adote algum mecanismo para consertar o reajuste para o percentual consolidado, Bolsonaro ainda tira do bolso dos trabalhadores cerca de R$ 300,00 por ano ao interromper a política de valorização do salário mínimo que previa também aumentos reais (acima da inflação).
Caso fosse seguida a lei que regulava os aumentos do salário mínimo, que começou na última década e foi renovada em 2015 durante o governo Dilma, o ganho real para 2020 seria aproximadamente 1,3% (equivalente à variação do PIB de 2018).
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo é referência para pelo menos 48 milhões de trabalhadores.
Com a descontinuação do aumento real, a perda da massa salarial chega a R$ 14 bilhões por ano. Além do prejuízo para os trabalhadores, que terão o poder de compra reduzido, a economia também perde dinamismo.