Itaú lucra R$ 13,8 bi, mas demite e abre PDV

O Itaú é o maior banco privado do país e nem sonha em perder esse posto. Enquanto a economia nacional patina e o desemprego bate recorde, o lucro líquido da empresa dispara. No segundo trimestre, ou seja, em apenas três meses, bateu na casa dos R$ 7 bilhões. O acumulado do ano é surpreendente, R$ 13,87 bilhões.

Com números tão positivos, o banco deveria ter compromisso com crescimento do Brasil. Mas, não tem. Pelo contrário. No mesmo dia que saiu o balanço do ano, o Itaú anunciou a abertura de um PDV (Programa de Desligamento Voluntário) direcionado a funcionários de todas as empresas do grupo. Como se não bastassem as demissões.

A política de cortes está bem mais agressiva. Dados do próprio banco comprovam. Em 2018, foram desligados 8.618 bancários e apenas no primeiro mês de 2019 mais 664.

Ninguém está livre, nem mesmo os trabalhadores com problemas de saúde. Recentemente, mais de 50 funcionários afastados foram demitidos. Nessa batida, milhares de pais e mães ficarão sem emprego até dezembro deste ano. Não é só isso. As agências físicas também estão sendo fechadas e o trabalho transferido para o cliente. Até o momento, foram mais de 100. Tudo em nome de uma falsa comodidade.