MPT lança cartilha sobre violência contra mulher
Com intuito de dar visibilidade e contribuir para o fim da discriminação contra a mulher, o MPT (Ministério Público do Trabalho) lançou a cartilha O ABC da violência contra a mulher no trabalho. A ação é parte da campanha mundial 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, realizada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
O objetivo é estabelecer canais de denúncia e levantar a discussão sobre a igualdade de gênero no ambiente laboral. No Brasil, no último ano, o MPT recebeu mais de 300 denúncias de assédio sexual contra a mulher no trabalho e, de acordo com especialistas, o número de casos só não é maior por vergonha e medo das vítimas.
A cartilha traz conceitos sobre assédio moral e assédio sexual no trabalho, divisão sexual do trabalho, cultura do estupro, além dos mais recentes mansplanning, manterrupting e bropriating palavras trazidas do inglês para homens que, respectivamente, explicam coisas óbvias para mulheres, as interrompem e se apropriam de suas ideias.
A desigualdade salarial entre mulheres e homens também é tratada. Segundo o MPT, mulheres têm a carreira mais interrompida e acabam perdendo a autoestima. Muitas vezes não atuam na área de formação, impactando negativamente na remuneração. O problema ultrapassa os direitos humanos, afetando toda a economia, porque há uma redução do PIB (Produto Interno Bruto) com essa mulher recebendo menos.