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Mais de 11 mil fizeram acordo de demissão no país
Os dados mostram o que o movimento sindical sempre explicitou: os enormes prejuízos da reforma trabalhista, em vigor desde novembro. A nova lei influenciou a demissão de 11.118 trabalhadores de 8.476 empresas, em fevereiro, através de "acordos" com os patrões.
Só quem perde é o empregado. Sem a participação ou fiscalização dos sindicatos, o funcionário faz o acordo e tem direito a sacar 80% do saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a multa devida pelo empregador cai de 40% para 20%. Além disso, o aviso prévio é reduzido à metade.
Mais uma consequência negativa da nova legislação. O trabalho intermitente, em que o empregado recebe por hora trabalhada, ou seja, sem perspectiva de remuneração mínima mensal e garantia de jornada, teve aumento nas contratações. Em fevereiro, 2.660 admissões foram registradas e 569 desligamentos na modalidade. O saldo foi de 2.091 empregos.
Já no regime de trabalho parcial, foram 6.490 admissões e 3.423 dispensas, com saldo positivo de 3.067 postos. Na categoria de teletrabalho, foram computadas 362 contratações e 243 desligamentos, o que gerou saldo de 119 empregos.
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, confirmam que a reforma trabalhista legaliza a precarização do trabalho, sem garantias e proteção. O aumento no índice de contratações em modalidades informais comprova.