Efeitos da reforma trabalhista começam a aparecer
Embora o governo tenha comemorado o crescimento do emprego formal em janeiro, com registro de saldo positivo de 77.822 vagas com carteira assinada, o que não foi divulgado é que 2.860 foram contratos intermitentes e 4.982 com jornada parcial, ou seja, não atinge as 40 horas semanais.
O resultado já é um dos desdobramentos da nova legislação trabalhista. O início da precarização formal, da perda de qualidade e de garantias nos postos de trabalho. São novas formas de contratação que deterioram as relações de trabalho.
Na esteira do que é chamado pelo governo de modernização trabalhista, dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, revelam que acordos entre patrões e empregados resultaram em 9.356 desligamentos no mês de janeiro, com a contratação de 7.842 trabalhadores nas novas modalidades previstas na lei trabalhista.
Além da precarização, o IBGE chama atenção para a subutilização da mão de obra. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no ano passado, 23,6% de trabalhadores brasileiros eram subutilizados, isso quer dizer que trabalham menos de 40 horas por semana e gostariam, ou precisam, de trabalhar mais.