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Tarifas bancárias subiram até 78% em 2017

  • Bancários Juazeiro
  • 27 de dez. de 2017
  • 3 min de leitura

Lucros, lucros e mais lucros, não importa como. Este é o principal objetivo dos bancos que atuam no Brasil. Em 2017 não foi diferente, clientes e bancários foram sendo sugados para aumentar a lucratividade dos banqueiros.


Os bancários vivem sobrecarregados de trabalho e os clientes pagam uma conta cada vez mais salgada pela prestação de serviços. As tarifas aumentaram bem acima da inflação em todos os bancos nos últimos 12 meses, chegando a ser reajustada em 78% em alguns casos, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).


O Idec comparou os valores cobrados por Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander para 27 serviços avulsos, como saques, extratos e transferências. Também foram analisados 58 pacotes personalizados, que incluem diversos serviços por um preço fixo, além dos preços para os quatro pacotes padronizados pelo Banco Central.


Efeito Temer

Como efeito do golpe que resultou no governo ilegítimo de Michel Temer, os bancos públicos tiveram os maiores reajustes de tarifas em 2017. O objetivo disso é claro, desmontar as instituições para depois privatizá-las.


O Idec constatou que a Caixa e o Banco do Brasil (BB) realizaram os maiores aumentos nas tarifas avulsas no período analisado. No BB, a tarifa para pagamento de contas na função crédito subiu 66,67%, em 2017. Na Caixa, o saque em espécie no cartão de crédito em terminais eletrônicos teve um aumento de 53,85%.


Das 27 tarifas analisadas, a Caixa reajustou 23 delas nos últimos 12 meses. O aumento médio foi 14,56%, o equivalente a mais de cinco vezes a inflação do período, de 2,70%. O BB aparece logo atrás, com aumento médio de 10,07%. Bradesco (5,12%), Itaú (4,87%) e Santander (3,10%) também reajustaram suas tarifas acima da inflação.


Privados na dianteira

Apesar dos reajustes elevados neste ano, as tarifas dos bancos públicos ainda estão entre as menores do setor. Para fazer a comparação, o Idec somou as 27 tarifas analisadas em cada banco, como se o cliente utilizasse cada serviço pelo menos uma vez.


O Santander aparece como o banco mais caro, apesar de ter promovido os menores aumentos de tarifas neste ano. Os 27 serviços da instituição totalizaram R$ 415,80, seguido pelo Itaú (R$ 393,45). No Banco do Brasil, os serviços o Banco do Brasil, os serviços custaram o total de R$ 379,50.


A surpresa do estudo foi o Bradesco, que apresentou o menor valor para as 27 tarifas somadas, de R$ 374,15, praticamente empatado com a Caixa (R$ 374,75)


Pacotes personalizados

O Idec também analisou os chamados pacotes personalizados, que já incluem uma série de serviços, mediante cobrança de uma taxa mensal. Diferentemente dos pacotes padronizados pelo Banco Central, cada banco configura os serviços inclusos nos pacotes personalizados da forma como achar melhor. Por isso, o cliente deve ficar bastante atento na hora de aceitar esse tipo de pacote, já que é mais difícil compará-lo com outros.


Nesse quesito, os bancos públicos fizeram feio mais uma vez. O pacote Convencional, da Caixa, teve o maior reajuste de todo o estudo: 78,88%. O banco elevou seu preço de R$ 25,10 para R$ 44,90 mensais.


Na sequência, os maiores aumentos foram do pacote Fácil, da Caixa (alta de 20,19%), Universitário, do Bradesco (elevação de 18,64%), Itaú Uniclass 3.0 (aumento de 10,71%,), e o pacote Personalizado, do BB (crescimento de 9,05%)


Sem justificativa

Um aumento de 78% para uma inflação de menos de 3% no ano é, sem dúvida, abusivo. É um índice muito elevado, especialmente se você considerar o fato de que não houve nenhuma melhora significativa no serviço, não foi agregado nada ao pacote.


O Idec constatou que, após os últimos reajustes, praticamente deixou de existir diferença entre os grandes bancos nos valores cobrados pelos quatro pacotes de serviços padronizados pelo Banco Central. Ou seja, os bancos estão praticamente cobrando os mesmos valores, o que reforça a preocupação com a falta de concorrência no setor.

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